Tiago Marques | Redação 96FM
Em seminário que discutiu os impactos e prejuízos do Programa Nuclear Brasileiro a realizado em Angra dos Reis (RJ) no último dia 7 de Agosto, o representante da Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité, Gilmar Santos denunciou a contaminação por urânio da água de um poço no município de Lagoa Real. Segundo o ativista, o local deveria ter sido lacrado há pelo menos três meses, mas isso ainda não aconteceu. Em Julho a INB teria emitido um boletim no qual emitiu a contaminação do referido poço.
O poço em questão está localizado na propriedade do o senhor Osvaldo Antônio de Jesus na comunidade de Varginha, zona rural de Lagoa Real e fica a 20Km da mina de extração. A INB informou que analisou a água do poço a pedido do proprietário, responsável pela perfuração. A análise constatou que os teores de ferro, manganês e urânio estavam acima dos limites recomendados pelo Ministério da Saúde. O resultado foi entregue ao proprietário e à prefeitura de Lagoa Real informando que a água é impropria para consumo. A empresa informou que não tem competência para determinar o fechamento do poço.
No entanto, a INB esclarece que a localidade está localizada em uma região denominada como a “Anomalia 7”, rica em concentração de urânio. Em regiões com essas pode ser normal a água apresentar naturalmente níveis elevados deste mineral. A empresa esclareceu também que o poço está localizado na Sub-Bacia do Rio São Pedro e a Unidade de Concentração de Urânio na Sub-bacia do Riacho das Vacas, ou seja, as águas que passam pela INB não passam pela região de Varginha.
A INB analisa regularmente as águas de 132 poços situados em áreas que podem sofrer algum impacto da atividade mineradora e afirma que desde que iniciou o monitoramento, não constatou mudanças significativas na qualidade da água.
Durante o evento e Angra dos Reis, o Movimento Articulação Antinuclear Brasileira a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) caracterizam os relatórios de monitoração ambiental da INB de “incompletos, inconsistentes e inócuos”. Técnicos do Ibama também apontam falhas graves na base do Programa Nuclear Brasileiro, como a falta de manual para situações de emergências e procedimentos gerais de segurança, saúde e meio ambiente e a não correção de várias irregularidades determinadas em diversas ocasiões.
Com Informações de Caetité Notícias
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